FSC FRIDAY MARCA AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA ASSEMBLÉIA GERAL REALIZADA NA ESPANHA

27 de setembro de 2014.
Celebrado
anualmente na última sexta-feira do mês de setembro, o FSC Friday no Brasil
serviu para reunir representantes das câmaras social, ambiental e econômica
para debater e avaliar as decisões da Assembleia Geral do FSC Internacional,
realizada no início do mês em Sevilha, na Espanha. O encontro aconteceu na sede
da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) em São Paulo nesta sexta-feira (26/09)
à tarde.
A diretora
executiva do FSC Brasil Fabíola Zerbini abriu a reunião destacando as moções
que, na opinião dela, merecem mais atenção no país. Desenvolvimento de um
padrão de florestas certificadas adaptado à realidade de indígenas e
comunidades tradicionais que vivem nas florestas; melhoria na transparência do
sistema FSC e revisão do sistema de certificação FSC para se adaptar aos
pequenos produtores em todo o mundo são, na opinião de Fabíola, os principais
desafios.
Para Roberto
Waack (Amata), que participou do fórum FSC+20 abordando os desafios do mercado
da madeira tropical, ficaram importantes lições de casa. “Temos a missão de
aumentar áreas restauradas e acabar com a competição da madeira certificada com
a ilegal”, alertou Waack.
Mauro Armelin,
da WWF Brasil, destacou que a comitiva do Brasil era a maior em Sevilha. “Isso
é importante. Aumenta nossa responsabilidade”, ressaltou Armelin. Para ele é
importante se posicionar em relação às florestas tropicais. “Precisamos atuar
ativamente, se envolvendo, para obtermos os resultados necessários”, comentou.
Para Elizabeth
de Carvalhaes, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), uma das
vitórias do setor foi a reprovação da moção que ‘rotulava’ as florestas
plantadas. “Florestas plantadas são florestas. Não podemos segregar, isso não
poderia acontecer, em hipótese nenhuma”, comemorou.
A aprovação da
moção 42 que determina uma revisão da governança FSC também foi apontada por
Carvalhaes como positiva. “Tem que ser ágil, prática e de bom nível”, concluiu
lembrando que o país segue aproveitando as oportunidades de mercado para dobrar
a área plantada até 2020.
Membro
individual do FSC, Mayte Rizek comentou sua experiência em participar de uma
reunião da Câmara Social da Assembleia Geral. “Você tem representantes de
vários segmentos da sociedade para analisar 80 moções. Perde-se tempo discutindo
métodos e acaba deixando de lado as prioridades”, descreveu Rizek sugerindo que
em próximos eventos existam mais espaços para discussões entre câmaras.
Elizabeth
finalizou sua participação no debate reforçando a importância de ‘caminhar com
os braços dados’ com o FSC. “O que vem pela frente requer estratégia,
conversa e muito trabalho, afinal, temos 5 milhões de hectares de florestas
certificadas”, concluiu.
Já Fabíola
encerrou com uma reflexão sobre como a iniciativa nacional pode atuar de forma
uníssona, coerente com as demandas de todos os setores, junto ao FSC
Internacional.
Foto: Representantes do Brasil na Assembleia Geral do FSC se reuniram para uma avaliação pós evento
Crédito: Robson Trevisan
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