MERCADO REFINA CRITÉRIOS COM EMPRESAS E PROFISSIONAIS SUSTENTÁVEIS

06 de janeiro de 2016.
A professora de
gestão de Pessoas e Liderança do Institute Business Education instituição
parceira da Fundação Getúlio Vargas (IBE-FGV), Ligia Molina, especialista em
Desenvolvimento Organizacional é categórica com relação à questão da
sustentabilidade. “A sustentabilidade é obrigatoriedade das empresas que
desejam se manter no mercado, sob pena de serem extintas”, afirma. A
especialista ainda vai além. “Não obstante as organizações terem essa
preocupação, é necessário que os seus líderes e profissionais também possuam
essa característica”, completa.
Empresas da região de
Campinas são exemplos disso. O Tivoli Shopping, de Santa Bárbara d’ Oeste, quer
deixar um legado aos seus colaboradores e clientes a partir da preocupação com
o meio ambiente em praticamente todas as iniciativas. O IBE-FGV implantou um
manual de boas práticas para suas equipes para a execução prática daquilo que
ensina nas salas de aula.
De acordo com Ligia
Molina, nas empresas, a sustentabilidade é ameaçada frente aos diversos
desafios enfrentados no dia a dia corporativo, que vão além dos ambientais,
como o cenário financeiro e econômico, necessidades tecnológicas,
competitividade, mudanças legais e outras que impactam o mundo dos negócios
constantemente.
Atualmente, o consumo
mundial de recursos naturais renováveis supera a capacidade de sustentação do
planeta, por isso, o desenvolvimento sustentável tem que ser prioridade das
organizações. Para a professora, é essencial promover a sustentabilidade
corporativa com ações práticas como a diminuição de resíduos, o desenvolvimento
de produtos e serviços “verdes”, além da contratação da mão-de-obra de idosos,
aprendizes e deficientes. A conscientização de clientes, fornecedores e
colaboradores também está entre as principais necessidades.
Para Ligia Molina e o
professor de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do IBE-FGV, Luiz
Fernando Bueno de Araújo, a questão pode ser resolvida a partir de
profissionais que possuam a sustentabilidade em seu “DNA”. “Se a empresa é
feita de pessoas, elas é que precisam ser o agente da solução”, destacam.
A crise econômica
colocou profissionais qualificados e experientes à disposição do mercado. Mas,
além das condições técnicas para cada função, o diferencial é trazer em sua
bagagem a sustentabilidade. “Cada geração deve legar às gerações vindouras um
meio ambiente igual ou melhor do que aquele recebido das gerações precedentes.
Por isso, a grande meta que sintetiza esse esforço é compartilhar transformação
produtiva com equidade social e sustentabilidade ambiental”, diz Luiz Bueno.
A sustentabilidade
está automaticamente ligada aos valores de cada profissional. Por isso as
empresas estão preocupadas com os valores que o profissional carrega para
dentro dela, um comportamento que tem impactado o mercado. “A plataforma
liderança sustentável tem sido uma ferramenta extraordinária para mostrar ao
mundo corporativo o que o mercado exige nos dias de hoje dos seus líderes.
Provendo conteúdos que possuem esses valores em sua base, ela permite o acesso
universal a esse desenvolvimento, de maneira simples e objetiva”, diz Bueno.
Roberto Pereira é
superintendente do Tivoli Shopping e coordena uma equipe de 75 pessoas. No seu
dia a dia, tanto no trabalho quanto em casa, ele aplica o que aprendeu atuando
durante 29 anos no setor de Shopping Centers. Como executivo sabe da
importância de educar os funcionários e de formar líderes sustentáveis, como
ele.
Por isso, executa no
shopping programas de gerenciamento, que incluem reciclagem do lixo gerado na
administração e na Praça de Alimentação, torneiras mais econômicas e secadores
de mãos nos banheiros. Toda a arquitetura do empreendimento foi planejada para
adequar o espaço aos níveis corretos de luminosidade, o que faz com que o
espaço precise cada vez menos de energia artificial. Além disso, o shopping também
desenvolve projetos ambientais com a comunidade. “Tenho certeza que todas as
pessoas que trabalharam ou ainda trabalham no Tivoli Shopping se tornaram
cidadãos mais conscientes, preocupam-se com o meio ambiente e com a
sustentabilidade do planeta. É esse profissional que quero formar aqui, porque
é isso que o mundo precisa hoje”, disse.
Essa mesma
preocupação, Pereira tem quando está fora do shopping. “Não deixo a política de
sustentabilidade da empresa no escritório. Ela já está em mim. Quando estou com
familiares e amigos, faço questão de repassar o que sei”, completou.
A casa de Pereira foi
construída com espaços abertos para receber luminosidade natural, a iluminação
artificial é toda em LED, possui reservatório para água pluvial, aquecedor
solar para agua da casa toda e também piscina, além disso, todo o lixo gerado é
separado e os recicláveis recebem destino correto.
A própria IBE-FGV dá
o exemplo e coloca em prática as lições da sala de aula. “Com foco nas boas
ações e a fim de conscientizar as pessoas sobre como as pequenas atitudes podem
minimizar os graves problemas ambientais, a escola de negócios criou um Manual
de Boas Práticas, que contém uma série de orientações para a conservação dos
bens naturais”, conta o presidente Heliomar Quaresma.
Segundo ele, as
grandes empresas que possuem o foco na sustentabilidade das suas operações
mudaram suas ações perante o meio ambiente e também as relações com seus
colaboradores. “A transformação de cultura de uma organização genuinamente
sustentável é tão visível e palpável, que seus próprios integrantes lutam pela
manutenção desse compromisso com o ambiente ao mesmo tempo que atrai novos
talentos, especialmente em períodos de crise”, disse.
Foto 1 – Superintendente do Tivoli Shopping, Roberto Pereira, em reunião com equipe de trabalho.
Foto 2 – Presidente do IBE-FGV, Heliomar Quaresma.
Crédito: Divulgação. 
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