TECNOLOGIA DESENVOLVIDA PELO CPqD E CEMIG EVITA QUEIMA DE DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS DE MONITORAMENTO EM REDES DE ENERGIA ELÉTRICA

06 de janeiro de 2015.
O uso de fibra óptica
para transmitir energia elétrica para alimentar sensores e dispositivos
eletrônicos instalados remotamente é uma inovação tecnológica que permite às
empresas de energia enfrentar um problema comum nessa área: a queima desses
dispositivos, provocada por surtos elétricos e atmosféricos. Essa é uma das
principais vantagens oferecidas pela nova tecnologia que o CPqD e a Cemig –
Companhia Energética de Minas Gerais estão desenvolvendo no Brasil, com o apoio
do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel).
A novidade, que já
está sendo utilizada pela Cemig, consiste na aplicação da técnica Power over
Fiber (PoF) – ou transmissão de energia pela fibra óptica – no ambiente de alta
tensão das subestações e das linhas de transmissão de energia elétrica, com o
objetivo de proteger os equipamentos eletrônicos usados no monitoramento dessas
redes. “Devido à sua intrínseca imunidade à alta tensão e a surtos elétricos, a
fibra óptica apresenta-se como excelente opção para sistemas de sensoriamento
em redes de energia”, afirma João Batista Rosolem, pesquisador da área de sensoriamento
óptico do CPqD. “Essa imunidade se estende aos equipamentos instalados na ponta
da fibra óptica, que podem ser alimentados pela energia que flui na fibra, na
forma de luz, e que é convertida em energia elétrica no equipamento remoto, com
a aplicação da técnica PoF”, explica. Além disso,  Rosolem destaca que sistemas PoF não
necessitam do uso de baterias e nem de fios metálicos, o que aumenta a robustez
do sistema.
Os testes de campo
realizados em uma área piloto da Cemig, na região do bairro Buritis, em Belo
Horizonte, vêm demonstrando a eficácia da nova tecnologia. Uma microcâmera
utilizada no monitoramento desse trecho de uma linha aérea de transmissão da
concessionária, por exemplo, vem funcionando há mais de dois anos, sem nunca
ter sofrido dano ou interrupção causados por raios ou outro tipo de surto
elétrico. A mesma técnica tem sido usada na Cemig em outros projetos para
monitorar chaves seccionadoras e transformadores de alta tensão. “Com a
ocorrência constante de casos de queima de equipamentos eletrônicos no país,
especialmente em áreas com alta incidência de descargas atmosféricas – como a
região metropolitana de Belo Horizonte -, essa aplicação da técnica PoF pode
representar uma revolução tecnológica, no que diz respeito à proteção de diversos
tipos de dispositivos eletrônicos de baixo consumo”, enfatiza Carlos Alexandre
Meireles do Nascimento, engenheiro de tecnologia e normalização da Cemig, que
atuou como gerente desse projeto. “Esses dispositivos serão muito utilizados na
expansão das redes inteligentes”, acrescenta.
Além dessa vantagem,
que se reflete na redução dos custos de operação e manutenção, Nascimento
destaca outro benefício do uso da fibra óptica em redes inteligentes de energia
elétrica: a possibilidade de aproveitamento e compartilhamento da
infraestrutura elétrica na expansão das redes de telecom em banda larga. “É
possível utilizar a fibra óptica também para levar banda larga a áreas onde não
existe rede de telecomunicações”, ressalta.
O CPqD é uma
instituição independente, com foco na inovação em tecnologias da informação e
comunicação (TICs). As soluções do CPqD são utilizadas por empresas e
instituições no Brasil e no mercado internacional, em setores como comunicação
e multimídia, utilities, financeiro, indústrias, administração pública e defesa
e segurança. 
Atuando há 39 anos, o CPqD conta com mais de 1.300 profissionais
altamente capacitados, reconhecidos por sua criatividade e comprometimento com
elevados níveis de qualidade. Possui hoje o maior programa de P&D da
América Latina na sua área de atuação e tem como objetivo contribuir para a
competitividade do País e a inclusão digital da sociedade, levando ao mercado
tecnologias de produto, sistemas de missão crítica, serviços tecnológicos e
consultorias que beneficiam grandes e pequenas empresas, aumentando a
eficiência desses negócios e alavancando o empreendedorismo no Brasil
Foto: João Batista Rosolem, pesquisador da área de sensoriamento óptico do CPqD.
Crédito: Divulgação.
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