PEQUENA INDÚSTRIA TEM VIDA MAIS LONGA E EMPREGA MAIS DO QUE OUTROS SETORES

27 de maio de 2015.
As micro e pequenas indústrias (MPIs)
do Estado de São Paulo são mais maduras do que empresas do mesmo porte dos
setores de comércio e serviços e têm, em média, mais empregados e vida mais
longa. Estas são as conclusões da nova pesquisa do Sebrae-SP chamada A Micro e
Pequena Indústria Paulista.
Segundo o levantamento, que ouviu 1.258
empresários da indústria e outros 1.349 dos setores de serviço e comércio, as
MPIs paulistas estão mais amadurecidas para enfrentar dificuldades. Isso se
explica por serem mais desenvolvidas em aspectos como gestão, produtividade e
nível de investimentos. As indústrias também são mais experientes, com 12 anos
de vida, em média, ante nove anos das dos outros dois setores. Melhoria no
planejamento, adaptação à legislação e autonomia para resolver problemas
relacionados a produtos são fatores que contribuem para o resultado.
São Paulo é o Estado com maior número
de MPIs no País: são 575.316 empresas, ou 26% dos pequenos negócios industriais
brasileiros. A indústria responde por 13,8% dos estabelecimentos, 30,1% dos
empregos e 32,6% da folha de salários das microempresas (ME) e empresas de
pequeno porte (EPP) paulistas.
As MPIs têm em média 5,3 empregados por
empresa, ante 2,4 na média de todos os setores. Nos serviços, esse número é de
1,8 e no comércio, 2,1.
De acordo com o estudo, que avaliou
diversos fatores como faturamento, número de empregados, correspondência aos
objetivos, entre outros, 53% das pequenas indústrias têm alto nível de
desenvolvimento; no varejo o índice é de apenas 11%.
A pesquisa do Sebrae-SP revelou ainda
que a família assume importante papel na MPI do Estado de São Paulo. A maioria,
ou 64%, conta com a contratação de parentes, além de 7% dos negócios serem
herdados, enquanto que nos outros setores apenas 4% passam de pai para filho.
“A pesquisa mostra que o dono de uma
micro e pequena indústria, assim como o de outros setores, enfrenta muitas
dificuldades para manter seu negócio vivo. Porém, os obstáculos típicos da
indústria acabam por forjar um empreendimento com bases mais sólidas”, afirma o
presidente do Sebrae-SP, Paulo Skaf. “O investimento em maquinário é alto, a
mão de obra tem de ser especializada e o mercado tem suas particularidades.
Tais características tornam a micro e pequena indústria mais resistente a
turbulências”, conclui. 
Os donos de MPIs paulistas reconhecem
uma série de dificuldades no seu dia a dia. Segundo eles, as principais estão
relacionadas a legislação e investimentos, pois 35% deles afirmaram que os
valores para investir são muito altos e apenas 35% poupam com essa
finalidade.  Além disso, 53% não conseguem separar a conta pessoal da
jurídica, o que é um dos principais erros na gestão de qualquer negócio.
Também 43% informaram que o aumento do
dólar tem muito impacto no empreendimento, assim como 30% disseram que o
crescimento da China prejudicou o desempenho e apenas 15% consideram o cenário
atual favorável para ampliar o negócio. Contudo, os mais empreendedores
experientes estão conscientes de que o preparo é fundamental para o sucesso.
No geral, apesar dos obstáculos, a
expectativa dos empresários de pequenas indústrias é aumentar o faturamento e a
lucratividade, mesmo que esse crescimento não ocorra imediatamente. Para esses
empreendedores, manter-se no mercado já é uma vitória, mostra o levantamento. “A
micro e pequena indústria está passando um momento difícil, com câmbio
desfavorável, forte concorrência da China e mau desempenho da economia
brasileira, mas no geral, tem conseguido se superar”, diz o
diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. “Diferentemente dos outros
setores, no médio e longo prazo, o investimento em um negócio desse setor acaba
dando mais retorno”, completa. 
Foto: Diretor Superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.
Crédito: Divulgação.
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