PESQUISA DE MERCADO REVELA O PERFIL DO CANDIDATO À VAGA DE ESTÁGIO EM 2016

02 de junho de 2016.
O programa de estágio
representa mais do que uma oportunidade de aprendizado, este tipo de vaga pode
significar muitas vezes a chance de iniciar uma carreira de sucesso em uma
grande empresa. Porém, diante da crise de emprego enfrentada pelo país, que afeta
sobretudo os jovens, é possível notar mudanças de comportamento em relação às
prioridades dos estudantes que buscam uma colocação nesse meio tão concorrido.
Um levantamento
exclusivo feito pela Companhia de Estágios, consultoria especializada em
programas de estágio e trainee, traçou o perfil do estagiário no ano de 2016. A
pesquisa realizada entre os dias 08 e 15 de Abril, contou com mais de 1.700
participantes em todas as regiões do país e abordou questões que abrangem o
perfil, a expectativa e as inseguranças enfrentadas pelos candidatos que
procuram colocação e também daqueles que já conseguiram o tão sonhado estágio.
A pesquisa também contemplou o fator empregabilidade, revelando quais os meios
mais utilizados por esses jovens na busca por uma vaga.
Sucesso não é obrigatoriamente boa remuneração
Apesar de boa parte
dos estagiários receberem bolsa auxílio de até um salário mínimo (33,3%), a
maioria dos entrevistados, empregados ou não, afirmam que a realização
profissional é a principal prioridade. A maioria deles aceitaria, inclusive,
ganhar menos desde que a empresa garantisse um aprendizado intenso.
O sucesso na carreira
passa por outros fatores antes de considerar, necessariamente, a remuneração:
esses jovens desejam contribuir para tomada de decisão dentro da empresa e,
atuando em sua área de formação, esperam participar de projetos que impactem a
sociedade. Tanto que a grande maioria deles (76,6%) não mudaria de profissão
mesmo se tivesse dinheiro de sobra.
Nesta etapa da vida,
os candidatos estão focados em adquirir experiências que vão além do trabalho
convencional, boa parte deles foca em atividades extracurriculares, trabalhos
voluntários ou de cunho social. O empreendedorismo é outra características
desses jovens: 8% deles afirma ter iniciado algum projeto próprio no último
ano.
A internet é a principal ferramenta de busca de vagas
O recurso mais
utilizado pelos jovens na busca por uma oportunidade é o cadastramento em sites
especializados: mais de 47% se cadastrou em até 5 sites diferentes. O fator de
sucesso na conquista da vaga passa, inclusive, pelo meio utilizado para chegar
até ela. Dentre aqueles que já conseguiram colocação, 26,2% afirmam que
conseguiram a oportunidade através de sites de recrutamento. Esse valor
ultrapassa inclusive, o fator indicação, que ainda é muito presente no mercado
de trabalho: 24% dos candidatos afirmam terem conquistado a vaga através da
influência de terceiros.
As redes sociais
representam uma boa ferramenta na procura do estágio: neste âmbito, o Facebook
ultrapassa todas os outros sites do nicho, inclusive, a rede social
especializada em contatos profissionais LinkedIn. A explicação deste fenômeno
se dá pela presença cada vez mais expressiva das empresas no Facebook, o que
estimula o compartilhamento das vagas anunciadas nos sites das próprias
organizações também na rede social. O Twitter ainda apresenta números tímidos,
menores do que os anúncios de jornal, que somam menos de 5% nesse quesito.
Tecnologia no processo seletivo
Cada vez mais
presente nos processos seletivos, o uso da tecnologia tem crescido
consideravelmente: quase 22% dos entrevistados afirmam ter participado de
testes online antes das etapas presenciais. A maioria deles, inclusive, acha
interessante e participaria de processos seletivos online via vídeo
conferência. Por outro lado, 27% deles ainda preferem as entrevistas e uma
minoria, 3,6%, alega não se sentir à vontade com recursos tecnológicos desse
porte.
Expectativas e frustrações
O maior desejo desses
candidatos é conseguir experiência profissional através de um programa de
estágio, seguido da efetivação. Cumprir a carga horária necessária para se
formar é um fator pouco relevante para esses jovens, pouco mais de 1% deles
afirma ter essa prioridade ao buscar uma oportunidade de estágio.
Por outro lado, o
principal receio desses estudantes é não receber o treinamento adequado e não
conseguir aprender de fato: quase 32% dos entrevistados afirmam que não
conseguir a experiência profissional desejada seria a principal causa de
frustração com a experiência. 
Realizar tarefas que
não condizem com sua área de formação ou que não fazem parte do seu programa de
estágio estão entre os pontos que também causam insatisfação e insegurança.
Outro ponto que faria o jovem desistir de uma vaga é a distância do local de
trabalho: os entrevistados afirmam, inclusive, que morar longe da empresa é
pior do que receber uma remuneração ruim.
A empresa ideal
O que os estagiários
mais desejam encontrar em uma empresa é um ambiente desafiador, que propicie
aprendizado e responsabilidades profissionais. Dentre os valores que os
entrevistados buscam no ambiente corporativo, o respeito com as pessoas é mais
relevante (28,2%) que a qualidade dos serviços prestados (24,1%). A
responsabilidade socioambiental e honestidade também apresentaram números
expressivos, demonstrando que a ética impacta a visão que os candidatos têm sob
as organizações. A flexibilidade de horários (21,8%) e inovação (16,2%) são
outros pontos desejáveis que fariam, inclusive, o candidato aceitar um salário
mais baixo.
Entre as 10 empresas
nas quais esses jovens mais desejam conseguir uma vaga de estágio estão
gigantes da tecnologia como Google, Apple e IBM. Empresas nacionais também
estão entre as mais admiradas: mesmo passando por forte crise econômica e
institucional, a Petrobrás ficou na segunda colocação do ranking. Também
nacional, a gigante do setor de cosméticos Natura foi a sexta mais citada pelos
entrevistados.
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