PROIBIÇÃO DAS AVERMECTINAS GERA INSATISFAÇÃO EM FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DE GOIÁS

31 de agosto de 2014.
Com o intuito de discutir temas
referentes à atividade de pecuária de corte no Brasil, representantes da
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e de entidades
representativas do setor tem se movimentado para elencar os principais
problemas enfrentados pelos criadores e pensar em soluções que fortaleçam a
atividade.
Constantemente, temas como meios de
reduzir custos, melhorar a saúde do animal, tecnificar a atividade, entre
outros, são debatidos com o objetivo de ratificar a importância de uma pecuária
cada vez mais especializada e de produtores cada dia mais qualificados.

No último dia 14, em reunião do Fórum
Nacional Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), alguns temas como pecuária sustentável e a proibição
da fabricação, comercialização e uso de antiparasitários de longa ação
(avermectinas) também entraram na pauta, sendo debatida por Representantes de
Federações estaduais de agricultura e pecuária que estiveram presentes com
sugestões acerca dos temas.
O presidente da Comissão de Pecuária
de Corte da Faeg, Maurício Velloso, e a assessora técnica para área de Pecuária
da entidade, Christiane Rossi, foram até Brasília apresentar o posicionamento
da federação goiana.
Além das pautas, durante a reunião
foi informado que será divulgado em breve uma pesquisa feita pelo Centro de
Pesquisas Econômicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea)
sobre a origem dos abates de bovinos no país. Para a Faeg, a informação é de
extrema importância para mostrar a evolução do real controle dos abates e do
sistema de defesa agropecuário como um todo.

Avermectinas
Sobre a proibição das avermectinas,
os presentes foram unânimes que o ato é prejudicial ao produtor e que um estudo
mais aprofundado, levando em consideração incoerências legislativas, perdas
econômicas e informações técnicas, é extremamente necessário.

Como impactos negativos diante do não uso dos antiparasitários de longa ação
foram apontadas questões como a falta de fiscalização e controle do medicamento
e um maior custo-de-produção.
O principal descontentamento
apresentado durante o encontro foi a forma isolada como a publicação da
Instrução Normativa aconteceu. As federações alegam que a proibição foi
definida sem uma consulta junto aos órgãos representativos dos pecuaristas e de
outros setores.

Pecuária
Sustentável
Outro ponto abordado durante o
encontro foi o Acordo de Cooperação Técnica pela Pecuária Sustentável que foi
assinado pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carne (Abiec). O texto traz a exigência de que a carne
adquirida por alguns estabelecimentos varejistas seja advinda de propriedades
totalmente sustentáveis dos pontos de vista social e ambiental.
O objetivo principal do ajuste é evitar
que a indústria frigorífica brasileira compre carne bovina procedente de áreas
desmatadas na Amazônia Legal.
A exigência, que vale para Acre,
Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins,
será avaliada pela assessoria jurídica da CNA. A intenção é que os produtores
destas regiões tenham respaldo e que o acordo realmente traga benefícios aos
produtores.

Foto: Avermectina.
Crédito: Mendel Cortizo

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