SIGNIFICÂNCIA

17 de março de 2015.

COLUNA DA PROFESSORA E PSICÓLOGA ELINE RASERA

Lideranças autocráticas e obsoletas
ainda fazem parte da realidade de muitas organizações. Mesmo com um “mundo” de
informações à disposição, cursos de especialização, MBAs e demais maneiras de
se ter acesso ao conhecimento e se transformar num líder inovador, esse pode
ainda ser o modelo de muitos gestores.
Difícil mudar o estilo quando as
próprias organizações (cultura, empresários) reforçam esses comportamentos,
principalmente quando o padrão estabelecido ainda gera lucros. Como dizer a um
empresário, diretor, gerente que ele poderia fazer de um modo melhor e mais
eficiente, se assim a empresa “até cresceu”? Como demonstrar que as novas
gerações são diferentes?
Existem algumas maneiras como:
realizar pesquisa de clima organizacional, levantar dados como turnover e
absenteísmo, fazer avaliações do tipo 360 graus, e outras técnicas aplicadas
para se obter informações e realizar intervenções.
Mas de uma maneira geral,
dificilmente uma empresa consegue reter talentos, manter equipes motivadas e
obter bons resultados, sem que os gestores tenham um papel fundamental nesse
contexto.
Algumas habilidades gerenciais são
essenciais no cenário atual:
1- MOTIVAR A EQUIPE: atualmente os
profissionais querem saber “por quê”, “como”, “onde”, ou seja, os jovens não
aceitam “ordens”; necessitam conhecer os objetivos finais. Sente-se motivados
se houver desafios e souberam onde irão chegar;
2- FEEDBACK: elogios, Mentoring e Coaching.
Embora muitos dos profissionais tenham um excelente conhecimento dada a
facilidade com que obtém informações, ainda necessitam da experiência, do
conhecimento tácito, da habilidade de quem já fez e sabe o caminho;
3- CONDUZIR A EQUIPE: delegar e dar autonomia. Mostrar o caminho
e permitir a realização. Definir os objetivos e fazer com que sintam-se parte
importante do projeto e com responsabilidade para alcançar os resultados;
4- COMPARTILHAR: informações comuns a todos, estratégias,
conhecimento;
5- GERENCIAR CONFLITOS: numa equipe, a diversidade estará
presente de uma maneira ou de outra, fazendo com que, eventualmente a
divergência de opiniões se transformem em conflitos. Saber lidar com isso,
mantendo a coesão e respeitando a todos, fará toda a diferença;
6- DESENVOLVER CARREIRA: permitir que cada profissional da
equipe tenha oportunidades de crescimento e carreira. Não há nada pior do que
líderes que, com receio de “perder” bons funcionários, “boicotam” a ida dos
mesmo para outros setores ou cargos da empresa;
7- VISÃO SISTÊMICA: apresentar (e compartilhar) uma visão
do todo: dos setores, do processo, da cultura, da sustentabilidade. Isso
demonstra nível de interesse e comprometimento,
Existem muitas outras habilidades
para fazer de um chefe, um líder de alta performance.
Mas no fim das contas, o que importa
é a “Significância”, ou seja, mostrar a  cada um dos profissionais o
que  ele representa; é fazer com que perceba sua individualidade, no todo
e, ao mesmo tempo, a importância e diferença que faz para a equipe e para a
empresa.
Eline Rasera, psicóloga, coach e
professora do curso de Pós-graduação em Administração de Empresas da IBE-FGV.
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