TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA SALA DE AULA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

23 de setembro de 2015.
ARTIGO DA PROFESSORA MAGALI APARECIDA DE OLIVEIRA ARNAIS
O século XIX foi marcado pela revolução industrial cujo emblema do
período era a máquina a vapor, capaz de converter a energia química do carbono
em energia cinética e trabalho mecânico. No século XX, com a era do rádio e da
televisão, o marco fundamental foi o avanço da ciência, tecnologias de
informação e internet. Em pleno século XXI diante das mudanças nas tecnologias,
principalmente as de interconexão e de interatividade, resultantes da internet,
a intensidade do fluxo informacional aumentou disponibilizando a um público
maior o real e o virtual, o natural e o artificial.
Trata-se de um período de transição muito importante na trajetória da
humanidade, decorrente da rapidez do acontecer, da simultaneidade de fatos e da
concomitância da sua comunicação. Essa rapidez nas mudanças tecnológicas atinge
instituições como a escola que, necessitam antes de tudo, rever os seus
paradigmas para poder modifica-los. Se o computador na escola levou um
determinado tempo até ser incorporado como ferramenta didática, pois,
necessitou de um espaço: o laboratório de informática e profissional
especifico, que dirá os artefatos moveis como o celular no contexto escolar?
Educar para e com as novas
tecnologias de informação e comunicação (TICs) significa capacitar pessoas com
competências cada vez mais sofisticadas para bem avaliar e compreender todos os
aspectos da vida em sociedade que afetam as pessoas. O aprendizado nessa esfera
só se torna válido quando se coloca em prática a necessidade de utilização das
mesmas. Elas passam a ser referencial da didática do professor inovador. Diante
desse ambiente escolar desafiador, para o profissional da educação, torna-se
necessário repensar as práticas e procedimentos do processo de ensino e
refletir sobre o papel do professor que, agora passa a ser gerenciador de
situações de aprendizagens muito diferente daquelas com as quais estava
acostumado. O novo nas TICs no âmbito escolar denotam o volume intenso de
informação, a construção do conhecimento em rede e o aprendizado colaborativo.
A era do conhecimento na qual estamos
inseridos pressupõe uma escola, que aprende e não somente ensina. Pois, de nada
adianta acumular conhecimento e juntar informações se não as trocarmos com as
outras pessoas em diferentes ambientes culturais. A educação e seu processo de
ensino –aprendizagem devem ser pautados em uma abordagem de ações individuais
interativas que produzem respostas coletivas ao longo do processo de construção
do saber. É necessário conservar o compromisso da responsabilidade do educador
em criar, desenvolver e inovar. Portanto, questões vão emergir diante das
inovações que as TICs apontam no âmbito da educação, como: que professores
queremos formar para atuar com as tecnologias em sala de aula? Como
proporcionar a relação ensino- aprendizagem em ambientes virtuais? Qual a
formação de cidadania oferecida aos alunos nesses ambientes digitais? Essas e outras
questões apontam os desafios da educação no século XXI em contextos de
aprendizagem diferenciados da tradicional sala de aula.
Magali
Aparecida de Oliveira Arnais é docente do curso de pós-graduação em
Psicopedagogia do Instituto Brasileiro de Formação de Educadores (IBFE). Mestre
em Educação pela Universidade Estadual de Campinas, com especialização em
Orientação Educacional – IASP, especialização em Deficiência visual e surdez –
FCM – UNICAMP. Docente do curso de graduação em Pedagogia – PUC-Campinas e
pedagoga do Laboratório de Acessibilidade da Biblioteca Central Cesar
Lattes-UNICAMP.
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