COLESTEROL, O INIMIGO QUE TAMBÉM ATINGE AS CRIANÇAS

9 de agosto de 2015.
Batata frita, refrigerante, sorvetes,
doces e hambúrgueres de fast-food, culturalmente fazem parte do universo das crianças
brasileiras. Esses alimentos são recheados de conservantes, sódios, corantes,
gorduras saturadas e transaturadas, que causam diversos danos à
saúde, como as doenças cardiovasculares. O colesterol é uma dessas
doenças.
Ao contrário do que muitas pessoas
imaginam a patologia não atinge apenas os adultos, as crianças também estão no
grupo de risco, por isso, estar atento desde o nascimento é essencial. “Quando
falamos de recém-nascidos e crianças, estamos falando de adultos saudáveis ou
não”, este é o alerta do pediatra e gestor da B2 Saúde, Francisco Vignoli.
O processo das doenças
cardiovasculares não nasce rapidamente, elas são desenvolvidas ao longo do
tempo. Quanto mais precoce as medidas de proteção e prevenção, melhor será para
a saúde deste futuro adulto. “Além da puericultura, a base do diagnóstico deve
ser pesquisada no histórico familiar. Uma criança que tem um passado
relacionado aos problemas de colesterol como, por exemplo, avós que sofreram
infarto, são evidentemente mais suscetíveis a esse tipo de patologia”,
ressalta.
Após o diagnóstico, o tratamento é
feito à base das condutas padrão caracterizadas pela alimentação
equilibrada e privilegiando o aleitamento materno. “O indivíduo é formado nos
primeiros anos de vida. Com o aleitamento materno é possível evitar várias
doenças, entre elas, o colesterol”, diz o pediatra.
Para o especialista, o Brasil ainda
segue o caminho onde a comida é utilizada como prêmio para as crianças. Com os
inúmeros produtos industrializados, variadas redes fast-food com lojas grandes
e coloridas, os pais sofrem na tentativa de mudar o comportamento dos pequenos.
“As crianças sofrem grande influência desse marketing – o marketing
inteligente, agressivo e deletério à saúde. É algo quase criminoso”,
alerta.
Segundo o especialista, além de
aleitamento materno nas primeiras fases da vida, as crianças devem fazer
consumo de frutas, verduras, vegetais, peixe grelhado e alimentos ricos em
fibras. Já o consumo de gema de ovo, ingestão de gordura saturada e frituras
devem ser limitados pelos pais. “É muito difícil os pais induzirem
uma criança a trocar um restaurante de fast-food, onde todos os
coleguinhas frequentam e substituir esses alimentos por frutas e legumes. Para
as crianças isso é quase absurdo e para a família é o grande desafio. O grande
processo educativo não é o verbo, mas sim o exemplo de dentro de casa”, diz.
Dicas para os pais
– As crianças não devem pular
refeições. É necessário fazer três refeições e um lanche por dia.
– Ingestão de refrigerantes,
guloseimas, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas e sucos
industrializados devem ser evitados.
– Diminua a quantidade de sal na
comida.
– Incentive seu filho na prática de
atividades saudáveis. O sedentarismo aumenta o LDL, o colesterol ruim.
– A criança deve estar sempre
hidrata. Água é essencial para a saúde dos pequenos.
“A rua vai oferecer diversos
alimentos industrializados, em casa nós devemos tentar eliminar esse tipo de
comida e consequentemente evitar danos e problemas futuros na saúde da
criança”, finaliza Vignoli.
Neste sábado (08/08) foi celebrado
Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Ações de prevenção, conscientização
sobre a data e problema devem ser levadas para os familiares e amigos.
– Lipoproteína de alta-densidade
(HDL) é boa para o coração. Ela carrega colesterol das artérias para o fígado,
onde é eliminada.
– Lipoproteína de baixa-densidade
(LDL) é ruim para o coração. Ela carrega colesterol do fígado para os tecidos
do corpo. Se houver muito LDL, ou colesterol ‘ruim’ no corpo, ele pode se
acumular nas células e nas artérias.
Foto: Pediatra e gestor da B2 Saúde, Francisco Vignoli.
Crédito: Divulgação.
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