COLUNA DA ESPECIALISTA EM RH VIVIANE GONZALEZ

Entrevista
Pessoal… Passo decisivo para a contratação
Viviane Gonzalez
Todo mundo acha que sabe como se
comportar em uma entrevista de emprego. Como se dar bem na hora de encarar o
recrutador tem sido tema de estudos, matérias e até livros, disponíveis para
todos. Mas, por incrível que pareça, esse momento tem se mostrado decisivo na
hora de eliminar o profissional do processo seletivo e pôr fim às esperanças de
contratação devido à falta de preparo dos candidatos.
Nunca é demais alertar sobre a
importância desta etapa. A entrevista pessoal ainda é o processo mais adequado
para a contratação. É no olho no olho que as coisas se resolvem. É ali, naquela
sala às sós, que  headhunter e entrevistado se conhecem, negociam e se entendem, ou
não.
A respeito deste assunto, uma
pesquisa do site americano Career Builder, divulgada em janeiro deste ano,
revelou que 48% dos empregadores disseram que ainda nos primeiros cinco minutos
é possível saber se um candidato é bom ou ruim para a posição. Já 87% disseram
que descobrem nos primeiros 15 minutos. Esses números comprovam que a primeira
impressão é realmente fundamental para a aprovação do candidato.
É necessário ter claro que,
justamente devido às dificuldades de uma avaliação mais rigorosa do perfil dos
profissionais, os recrutadores também passaram a se preparar mais e se
especializar para a função. Não pense que será possível mentir no currículo,
omitir informações ou tentar ser mais esperto que eles. Basta ser sincero. É
melhor ser franco desde o início do que ser pego em alguma mentira, por
exemplo, que lhe fechará as portas daquela vaga e de futuras em outras
organizações. Afinal, os RHs se comunicam, o mundo está conectado e não há como
fugir disso.
Hoje em dia, com as tecnologias e com
a influência das mídias sociais, o profissional está exposto e deve apresentar
uma postura coerente entre o currículo, o que apresenta nas redes sociais e na
entrevista.
Por isso, não tenha medo desta etapa
do processo, mas invista tempo no preparo da sua entrevista pessoal. Chegue no
horário combinado, informe-se sobre a empresa interessada, apresente-se
adequadamente de acordo com o perfil da organização, comporte-se conforme o
esperado para a vaga pleiteada, seja claro, fale em bom português, não minta,
desligue o celular e não mastigue chicletes.
Também é importante ficar preparado
para responder questões pessoais sem criar intimidades. Esteja atento ao
recrutador, ele pode fazer perguntas nada convencionais no meio de um assunto
sério, com objetivo de ver como você lida com situações e testar seu potencial
criativo e sua capacidade de resolução de problemas. Assim, se você for
questionado sobre a distância entre a Lua e o Sol, não caia na gargalhada. Uma
resposta simpática e criativa, levando em consideração cálculos básicos ou um
sincero e suave “não sei” ficam entre as respostas mais aceitas, já que não há
intenção de acerto.
A mesma pesquisa do Career Builder
mostrou os comportamentos mais estranhos e os mais comuns cometidos por
candidatos americanos, após ouvir 2.201 gerentes e profissionais de recursos
humanos. Entre os estranhos, um disse que tinha tomado muito calmante por isso
talvez ele não estivesse sendo o que realmente é, outro quis um abraço. Mas,
teve gente que consultou o Facebook o tempo todo ou não tirou os fones do Ipod,
teve quem chegou se aquecendo para uma corrida, quem pediu o telefone da
recepcionista, que se considerou a si mesmo seu herói preferido, bateu o carro
no prédio da empresa interessada, disse que questionou a paternidade da própria
filha ou, ainda, colocou fogo em um jornal.
Já entre os erros mais comuns, por
ordem de classificação na pesquisa, estão: mostrar-se desinteressado, usar
roupas inadequadas, parecer arrogante, falar negativamente sobre o emprego
atual ou anterior, atender o celular ou enviar mensagens durante a entrevista,
estar desinformado sobre a empresa ou cargo, não apresentar exemplos
solicitados, fornecer muitas informações pessoais e fazer perguntas pessoais ao
recrutador.
Falar demais também pode ser um
problema, tenha cuidado para não ser prolixo e procure ser consistente em suas
respostas.
Há também os erros da linguagem
corporal. Por isso, foram apontadas como falhas: falta de contato visual, não
sorrir, ter má postura, mostrar-se inquieto, brincar com os objetos da mesa,
aperto muito fraco de mão, cruzar os braços, brincar com o cabelo ou ficar
tocando o rosto, usar muitos gestos ou aperto de mão muito forte.
Os entrevistadores  querem
avaliar  seu interesse na vaga e na empresa, verificam e testam suas
competências profissionais e pessoais, mas o que eles querem saber,
principalmente, é se você vai ser feliz nesta empresa e se adaptar na cultura
da mesma.
A entrevista pessoal é uma excelente
oportunidade para você mostrar quem é de verdade e quais são os seus valores!
Viviane Gonzalez é consultora de RH
com ampla experiência em Executive Search para todos os segmentos da indústria.
É graduada em Administração de Empresas pela PUC-RS e tem MBA em Marketing pela
FGV-RS. Tem Inglês fluente e vivência internacional.

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