EMPRESAS DE TODO O MUNDO INVESTIRÃO MAIS DE US$ 900 BILHÕES ATÉ 2020 EM DIGITIZAÇÃO

13 de abril de 2016.
As empresas
brasileiras são, hoje, pouco digitizadas, mas afirmam que, em cinco anos, o
cenário vai mudar. Segundo o relatório Indústria 4.0: a digitização como
vantagem competitiva, da PwC, só 9% das companhias entrevistadas têm um alto
grau de digitização; mas, em cinco anos, o número deve chegar a 72%, segundo
projeção dos participantes e sete em cada dez empresas planejam expandir seu
portfólio digital. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira, dia 13.
Participaram do estudo global cerca de 2000 respondentes de 26 países. A média
global de empresas que dizem ter um alto grau de digitização é de 33%. Em cinco
anos, o número deve chegar a 72% – igual ao Brasil.
A digitização diz
respeito a todos os processos de integração de cadeias de valor de produtos ou
serviços em tempo real por meio de plataformas digitais, além de uso de
ferramentas como cloud computing, mobility, analytics (big data) e redes
sociais.
Os investimentos das
empresas brasileiras em digitização são de 0,8% das receitas anuais. Em cinco
anos, esse valor deve aumentar para 1,4%. Nos próximos cinco anos, 21% das
empresas nacionais preveem investir pelo menos 6% das receitas. No mundo, 43%
das empresas planejam ter esse nível de investimento. Juntas, todas empresas
que participaram do relatório devem investir US$ 907 bilhões por ano em
digitização até 2020.
O otimismo no Brasil
é maior em relação ao retorno dos investimentos. Entre os entrevistados, 63%
esperam retorno em dois anos; globalmente, são 55%. Quase 70% das empresas do
Brasil esperam ter ganhos de eficiência acima de 10%; 64% esperam ter redução
de custos na casa dos dois dígitos e 57% delas, aumento de receita na mesma
grandeza.
A despeito do
otimismo com o futuro, os resultados mostram que a digitização está pouco consolidada
nas empresas brasileiras. “Ainda estamos engatinhando no contexto da engenharia
digital, da gestão integrada da cadeia de fornecimento e dos serviços digitais
seja pela ausência de um direcionamento governamental, seja por um padrão
‘nacional’ de cooperação”, diz Sergio Alexandre, sócio da PwC Brasil e líder de
Digital. Segundo ele, o uso de Big Data, por exemplo, que é cada vez mais comum
no mundo, ainda não é aplicado em larga escala na tomada de decisões no Brasil.
O grande obstáculo ao
processo é o receio das empresas para 45% dos entrevistados brasileiros gira em
torno da segurança e privacidade dos dados. Logo abaixo, para 42% dos
participantes, está a falta de cultura digital.
Foto: Sergio Alexandre, sócio da PwC Brasil e líder de Digital.
Crédito: Divulgação.
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