SONDAGEM INDUSTRIAL EM CAMPINAS APONTA MELHORA NOS ÍNDICES NO MÊS DE JULHO DE 2014

22 de agosto de 2014.
Pesquisa de sondagem
industrial referente ao mês de julho realizada pelo Centro de Pesquisas
Econômicas da Facamp (Faculdades Campinas) em parceria com o Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) regional Campinas aponta  uma leve melhora nos indicadores em relação
aos meses anteriores, mas ainda assim é cedo para se ter uma perspectiva para o
segundo semestre. Para o economista e professor da Facamp, José Augusto Ruas,
os resultados de julho foram surpreendentemente positivos comparando com os
meses anteriores. “Isso não significa que a gente esteja num cenário de
crescimento ou de expansão como gostaríamos, mas é um cenário melhor no mês de
julho do que os meses anteriores que foram muito ruins”, diz.
José Augusto Ruas
reconhece que é difícil traçar uma perspectiva para o futuro. “Eu gosto sempre
de imaginar uma curva de tendência em relação ao desempenho da atividade no ano
e claramente essa curva que vinha numa descendente bateu no fundo no mês de
junho e voltou a subir em julho. É difícil prever o que vai acontecer nos próximos
meses”, afirma.
A variação mensal da
produção no mês de julho apresentou uma pequena  melhora em relação a junho, pois o percentual
de empresas que assinalaram a diminuição da variação mensal da produção foi
menor  e ficou em 40,9% em julho. No mês
anterior esse índice havia sido de  58,3%.
Além disso, houve aumento daquelas que assinalaram elevação da produção no mês passando
de 20,8% em Junho para  27,3% em Julho. No
entanto, essa melhora não é muito expressiva se compararmos com Julho de 2013
cujo percentual de empresas que apontaram aumento da variação foi de 42,1%.
No tocante à variação
mensal no número de funcionários o cenário foi positivo em Julho em comparação
a junho. Cerca de 18,2% das empresas marcaram que houve aumento da variação do
número de funcionários em  Julho  e no mês anterior não houve nenhuma empresa
que assinalou essa  alternativa. O percentual
de empresas que assinalaram a diminuição de funcionários foi de 27,3% em Julho,
o que representa queda frente ao mês anterior que registrou o índice de 57,1% e,
em Julho de 2013, essa resposta teve um percentual de 78,9%.
As vendas
apresentaram uma melhora consistente do resultado frente aos meses anteriores,
porque 31,8% dos respondentes assinalaram que as vendas foram superiores em
junho, cujo o percentual de empresas que marcaram essa mesma resposta em Junho foi
nulo. Outro indicador de uma pequena recuperação foi que 40,9% das empresas
apontaram que as vendas foram inferiores mediante 85,7% em Junho apesar de
persistir elevado em relação a Julho de 2013, percentual de empresas que assinalaram
a diminuição das vendas foi de 15,8%.
A variação mensal da
inadimplência acompanhou os demais indicadores e também apresentou sensível
melhora. Houve uma redução da inadimplência para cerca de 4,5% das empresas que
responderam o questionário em contraste a nenhuma empresa no mês anterior. Além
disso, o percentual de empresas consultadas que assinalaram o aumento da
inadimplência diminuiu em comparação aos meses antecedentes anteriores que foi
de 29,6% em maio e de 35,7% em  Junho
para 22,7% em Julho.
O nível de utilização
da capacidade instalada de produção (UCIP) ficou muito próximo ao mês anterior,
pois 13,6% das empresas consultadas assinalaram que estão entre 80,1 e 100% da
UCIP. Em junho esse percentual foi de 14,3%. Na faixa entre 0 e 50% de UCIP, comportamento
próximo também ocorreu: 31,8% assinalaram que estão entre 0 e 50%, ante 21,4%
em Junho e 29,6% em Maio.
O indicador que mede
a variação mensal do investimento em ampliação da capacidade instalada, quando
comparado aos dois meses anteriores, indicou aumento na porcentagem de
empresários que pretendem não investir o que corresponde a 54,5% dos
respondentes, mas apontou leve aumento daqueles que irão atualizar o maquinário
existente (27,3%). Em contrapartida, diminuiu o percentual daqueles que irão
ampliar o número de máquinas em relação a Junho (13,6% dos consultados). Cerca
de 4,5% dos respondentes apontaram que pretendem reduzir o nível de produção e
em junho não houve registro em relação a essa questão.
Com relação ao
planejamento do investimento para os próximos 12 meses, em julho houve um
pequeno aumento da porcentagem tanto de respondentes que irão aumentar o
investimento planejado (4,5%) quanto dos que irão diminuí-lo (4,5%), quando
comparado ao mês de Junho, correspondendo, para cada um dos casos, 4,2%. Por outro lado, houve
queda nas respostas que irão manter o investimento planejado, totalizando 40,9%
(ante 58,3% em junho); enquanto que as respostas que sinalizam que não haverá
investimento corresponderam a 50%.
Fotos 1 e 2: Economista e professor da Facamp, José Augusto Ruas.
Crédito: Roncon & Graça Comunicações.
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